sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Pensamentos

A minha cabeça parece o meu quarto desarrumado no final de uma semana de trânsito intenso.
Quero ser como Alberto Caeiro e deixar de me preocupar com o que não merece tanta da minha atenção.
É incrível como aquilo que sentimos afecta tanto o nosso dia-a-dia de uma forma involuntária.
Passamos num sítio, ouvimos uma música, vemos uma imagem... Tudo nos guia pelo mesmo caminho, o das lembranças. Aquele caminho que ninguém quer seguir pelo menos por própria vontade, sendo que são estes os pensamentos que nos atormentam.

Quero ser um gato, deitado na relva, a apreciar os primeiros raios de sol da manhã, e permanecer assim por uns tempos, como de um hibernar da vida se tratasse.

1 comentário:

  1. Hoje, cada vez mais, há uma vertente a que têm a mania de chamar 'inteligência emotiva' (o que eu acho um nome paradoxal porque a inteligência funciona contrariamente à emoção/sentimento e não podem ambas coexistir). E, precisamente por não poderem coexistir, esse tipo de inteligência consiste em saber separar o âmbito pessoal (onde domina a emoção) do âmbito profissional (onde é suposto dominar a razão: embora grande parte das vezes assim não aconteça).
    Portanto as pessoas acabam por ser galardoadas se tiverem essa capacidade, e eu acho muito bem serem, deve ser necessária tamanha racionalidade para conseguir fazer todo o trabalho a par dos problemas que se vão impondo no ramo da vida, porque serviço é serviço e conhaque é conhaque (citando o grande Guerreiro Vaz).
    Já eu, se fizessem um ranking sobre quem domina melhor essa capacidade, ficava com certeza para último.

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