segunda-feira, 17 de maio de 2010

Refugia-te para sempre

Tal coisa que sinto não sei explicar.
Custa-me sentir a tua presença. Custa-me apenas pensar que estas por perto de mim. Custa-me saber que me ouves. Custa-me ouvir a tua voz.
Mas tu nada, tu não sentes, és um ser omnipotente, tens tudo nas tuas mãos.
Crês no impossível, e eu estou impossibilitada de to dar.
Mas e se não estivesse, porque o faria? És merecedora de tal esforço da minha parte?

Diz-me sinceramente, eu mereço o que estou a sofrer à tua custa?
Quero que desapareças, quero que desapareçam todas as marcas que deixaste comigo.
Tudo.
Faz-me confusão saber que estás por perto.
Faz-me confusão dirigires-me a palavra e eu não ter sequer coragem para te olhar nos olhos.
Faz-me confusão responder-te gestualmente pois mais não sou capaz de fazer.


MEREÇO O QUE ME FIZESTE?
SEREI ASSIM TAL ENCARGO PARA A TUA MATURIDADE?
Ingenuidade, é do que se trata.
A culpa no final disto tudo é minha e só minha.

Depositei em ti confiança em demasia com esperança que a soubesses gerir quantitativamente.
Acabei no fundo d'um poço.
E afirmo com confiança: Em tal não voltarei a caír.


Adeus, para sempre.

domingo, 16 de maio de 2010

Continua

... E continua.
Continua,
continua ao ponto de um belo dia de sol não me conseguir deixar um sorriso na cara como d'antes.
Continua,
continua de uma maneira tão dolorosa e imprevisível que até a tua presença e a falta dela me faz confusão.
Continua,
continua a fazer-me sentir culpada por algo que não fiz.
Continua,
continua a deixar-me a pensar sobre as consequências que isto obteve.
Continua,
continua a mostrar quem verdadeiramente és sem sequer te aperceberes de que o fazes.
Continua,
continua esta mágua ardente que tenho dentro de mim à tua custa.
Continua,
Continua e provavelmente só irá desaparecer quando tu desapareceres também.
Continua,
continua porque, do dia para a noite, o ódio substituiu o bom sentimento que eu tinha por ti.
Continua,
continua e parece não ter fim.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Meras palavras

Às vezes uma pessoa necessita apenas de falar. Falar e falar apenas de coisas irrelevantes.
Coisas tão irrelevantes aos olhos dos outros que até tornam a situação constrangedora perante a nossa maneira de as ver.

Mas então estarei errada? Mas porquê?
Os outros não sentem como eu sinto.
Os outros não sabem o significado da dor.
Os outros comem-nos a alma com meras palavras sem nexo e nem se apercebem disso.

E porquê? Serei eu assim tão fraca?
Porque me deixo afectar por tais tenebrosas palavras?
Sensibilidade estupida.
As emoções podiam hibernar durante uns tempos.


AS PALAVRAS SÃO O NOSSO MAIOR INIMIGO.